Provisório e compulsório

Há sentimento provisório, que dura um dia, dois, um mês. E aquele compulsório, que aprisiona. Que parece que não tem fim. Que a gente não quer sentir, mas sente. Que a gente não quer mais, mas está ali, “vivinho da silva”.

Há sentimento provisório que dura o tempo que é preciso. Só para aliviar as dores provisórias. As expectativas. O fervor provisório.

Há sentimentos compulsórios que algemam sem pedir licença. Sem conceder saídas provisórias. Sem indultos de Páscoa, Natal ou Dia dos Namorados.

Há sentimentos que provisoriamente tomam amplitude. Mas, terminam no segundo ato. E descerram as cortinas. Descortinam tudo.

Há sentimentos que compulsoriamente levam ao fim. Ao fim do que nem deveria ter existido. Mas existiu. Não sei por quê. Nem para quem. Mas, acabou. Ponto final. Sem provisório. Sem dedicatória. Sem oratória. Sem nada.

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