Escuro

Houve um dia de versos perdidos.

Músicas sem melodia.

Choro sem lágrimas.

Houve um dia que era noite.

Um escuro do escuro.

Um embate.

Uma luta contra as dores invisíveis.

Criadas, recriadas. Procriadas aos montes.

Houve uma luz.

Diminuta, mas potente.

Única em si mesmo, mas fundamental.

Brilhante e sensível.

Irradiante.

Que acabou com o escuro.

Combateu as sombras.

Trevas convalescentes.

Só olhando-lhe pela fresta.

Aberta.

Por dentro.

E fechada por fora.

M. Kikuti

 

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