Ainda há tempo

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Já é março. Talvez boa parte das suas metas para 2016 tenham sido esquecidas ou negligenciadas. Digo isto levando em conta as minhas, que foram colocadas no baú do esquecimento. Desenterrei-as estes dias, tentando dizer para mim mesma que março pode ter gostinho de janeiro. Ainda há tempo, mesmo que passe rápido… Ainda há tempo!

Olhei no relógio. E a cada segundo, uma mudança se avizinha, como o céu lá fora que muda o tempo todo. Ainda há tempo de se transformar; reformar-se, como aquele carro arranhado na lataria, mas ainda muito bonito. Tem conserto: mas não perca mais tempo.

Ainda há tempo de dizer para si mesmo que a mudança só vem à tona quando se quer muito. E se quer de verdade. É aquele encontro da sua intenção com o que manda o coração.

Sinta de verdade. Escute-se e esclareça os maus entendidos. Primeiro os seus com você mesmo. Depois os seus com os outros. E tudo fica assim, bem entendido, sem dúvida e aflição. Sem remorso e aperto no peito. Sem palavras não ditas ou malditas. Tudo bendito. Tudo bem sentido, bem-vindo. Tudo bem?

Ainda há tempo de visitar um amigo. De marcar um café com alguém querido ou aprender a fazê-lo em casa, estreando aquele joguinho de xícaras que você comprou na loja de preço único ou num grande magazine. Ainda há tempo de fazer uma declaração no papel, na internet, no WhatsApp, no espelho do banheiro. Uma declaração do bem, de amor, de admiração. Uma declaração demais! E nunca de menos.

Ainda há tempo e hoje é o tempo. Não o perca. Agarre-o. E abrace-o junto de si.

Namastê! (“O deus que há em mim saúda o deus que há em você”)